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28/03/2022
Nem todos se sentem confortáveis em correr os riscos da renda variável quando o assunto é investimento em empresas. Porém, existe uma forma de expor seu capital a grandes companhias ao investir em debêntures.
Você já ouviu falar sobre esse produto financeiro? Elas não são muito conhecidas e, com isso, podem gerar dúvidas. No entanto, a debênture é uma alternativa de renda fixa e pode fazer sentido para o investidor que busca maior segurança e previsibilidade quando investe.
Veja, neste artigo, o que são debêntures, como elas funcionam, vantagens e os riscos desse tipo de investimento.
Está pronto para começar?
O que veremos neste artigo:
- 1 O que são debêntures?
- 2 Como as debêntures funcionam?
- 3 Quais são os tipos de debêntures disponíveis?
- 4 Quais as vantagens e riscos desse investimento?
- 5 Garantia de uma debênture: o que é?
- 6 Como investir em debêntures?
O que são debêntures?
As debêntures são títulos de renda fixa emitido por empresas públicas e privadas. Geralmente, quando uma empresa precisa levantar recursos, mas não quer se valer de empréstimos bancários, ela poderá emitir debêntures e, depois, disponibilizá-las no mercado.
Portanto, esse é um título de dívida usado por diversas companhias para financiar suas operações. Nesse sentido, ao investir em uma debênture, você estará emprestando dinheiro para uma organização e, em troca disso, receberá uma remuneração ao longo de um prazo específico.
Na data de vencimento da debênture, você receberá de volta o capital investido somado à remuneração combinada. Essa rentabilidade segue os mesmos padrões de outros investimentos de renda fixa, podendo ser:
- prefixada: o retorno é fixo, normalmente, um percentual sobre o valor investido;
- pós-fixada: a rentabilidade segue um índice financeiro, como a taxa Selic, CDI (Certificado de Depósito Interbancário), entre outros;
- híbrida: paga uma taxa fixa e um indicador determinado, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Como as debêntures funcionam?
Segundo as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somente empresas cadastradas poderão emitir debêntures. Além disso, elas precisam se enquadrar no regime de sociedade anônima (S.A).
É comum que as debêntures sejam emitidas com data de vencimento a partir de 2 anos, então são alternativas de médio e longo prazo. O investidor precisa observar essa característica para se planejar financeiramente, evitando o resgate antecipado.
Nesse sentido, é importante ter em mente que as debêntures são títulos com baixa liquidez. Logo, para se desfazer do investimento antecipadamente, é necessário recorrer ao mercado secundário. Isso pode comprometer sua rentabilidade, além de exigir que exista outro investidor interessado no título para comprá-lo.
No que diz respeito à tributação, sobre os rendimentos obtidos com debêntures incide o Imposto de Renda (IR) seguindo a tabela regressiva — exceto em debêntures incentivadas. A depender do banco de investimentos onde você tem conta, pode haver a cobrança de taxas sobre a negociação.
Quais são os tipos de debêntures disponíveis?
Após conferir o conceito e funcionamento das debêntures, é pertinente explorar as principais modalidades disponíveis. Apesar de as debêntures terem um funcionamento bastante semelhante, elas são divididas por tipos, conforme suas características. São elas:
- simples: também chamadas de “não conversíveis”, são aquelas em que a remuneração do investidor é paga em dinheiro;
- conversíveis: permitem que os títulos sejam convertidos em ações da companhia, podendo dar acesso à renda variável;
- permutáveis: debêntures permutáveis se assemelham às conversíveis, mas em vez de serem convertidas em ações da emissora, poderão ser trocadas por ações de outras companhias;
Além dessas classificações, as debêntures podem ser classificadas de duas formas em relação à tributação. Confira:
- incentivadas: elas oferecem a isenção de IR ao seu investidor. Esse benefício é concedido pelo Governo, para incentivar o investimento e financiar obras de infraestrutura no país. Nesse caso, elas só podem ser do tipo simples.
- não-incentivadas: são as debêntures comuns, podendo ser simples, conversíveis ou permutáveis. Não há isenção de
Quais as vantagens e riscos desse investimento?
Para entender mais sobre esse título, é preciso avaliar as vantagens e riscos. Um dos principais benefícios das debêntures é a possibilidade de ter uma rentabilidade maior que outros produtos de renda fixa.
Isso porque elas não contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Portanto, é comum que o retorno seja maior para compensar os riscos e tornar o título mais atrativo aos investidores.
Outra vantagem está relacionada ao potencial de diversificação de sua carteira. Com um portfólio bem distribuído, você poderá equilibrar a relação risco e retorno dele, a fim de aumentar o potencial de ganhos e reduzir as chances de ter prejuízos.
No que se refere aos riscos do investimento, o principal é o de calote. Ou seja, de a empresa não conseguir devolver a quantia ou a remuneração proposta no título. Por isso, é importante conhecer e estudar a situação financeira da empresa emissora antes de fazer a aplicação.
Você também pode avaliar o rating da empresa. Essa é uma nota concedida por agências avaliadoras, que definem se ela tem grau de risco especulativo (elevada chance de inadimplência) ou de investimento (com menores riscos).
Embora exista o risco de calote, muitas companhias oferecem garantias para assegurar o pagamento caso entrem em falência, por exemplo. As garantias podem ser do tipo:
- real: a empresa disponibiliza bens próprios ou de terceiros para que possam ser vendidos de modo a quitar a dívida. Enquanto estiver em garantia, eles não podem ser negociados;
- flutuante: são disponibilizados bens para assegurar o pagamento. Contudo, eles podem ser negociados ou até substituídos pela empresa;
- subordinada: não recai sobre bens, mas os investidores detêm a preferência no recebimento do crédito em caso de falência. Assim, eles entram na lista de pagamento antes dos acionistas, por exemplo;
- quirografária ou garantia sem preferência: o credor não detém a prioridade de recebimento e estará nas mesmas condições dos demais credores da empresa.
Como investir em debêntures?
Ao chegar nesse ponto, você pode estar interessado em investir em debêntures. Então é importante saber como fazer a aplicação. O passo inicial para quem deseja investir em debêntures é a abertura de conta junto a um banco de investimentos de sua confiança.
Esses títulos são disponibilizados na plataforma da instituição. Caso a aquisição aconteça no mercado primário, o valor da compra e a rentabilidade será definido pela emissora. Já no segundo caso, o investidor negociará o título com outro investidor com o auxílio de um banco de investimentos.
Conseguiu entender como investir em debêntures? Contudo, se deseja incluir essa alternativa em carteira, não deixe de avaliar os riscos e se eles estão em conformidade com seu perfil e objetivos. Assim, você poderá tomar decisões mais apropriadas para seu portfólio.
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