Mulheres contam como é deixar o emprego para empreender em uma franquia.

Mulheres contam como é deixar o emprego para empreender em uma franquia.

Tempo de leitura: 7 minutos

25/03/2022

Elas se tornaram donas do próprio negócio – mas, optaram por franquias, contando com o know-how de marcas que oferecem treinamento e suporte para quem quer começar aliando-se a quem já faz sucesso

São Paulo, 24 de fevereiro de 2022 – Nos últimos anos, as mulheres vêm quebrando barreiras e conquistando o mundo dos negócios, que por tempos foi majoritariamente composto por homens. Hoje, elas representam 48% dos empreendedores do Brasil de acordo com dados do Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM).

Para Thaís Kurita (foto), advogada especializada em Franchising, quem deseja empreender deve ficar atenta a alguns fatores, como o segmento pretendido e a experiência que já possui no setor. “Novos empreendedores e empreendedoras podem contar com a transferência de know-how das franqueadoras, que ‘ensinam’ como trabalhar e já pilotaram o negócio. Esses fatores reduzem a probabilidade de dar errado”, diz ela.

Outra vantagem apontada pela advogada é que as franqueadoras têm uma série de fornecedores homologados, bem como investem em inovação constante – algo que o empresário solo nem sempre consegue fazer. “As redes têm a capacidade de pensar lá na frente, porque têm estrutura para isso. E o empresário individual tem muitas coisas para se preocupar, então, é muito mais difícil inovar, enfrentar a concorrência, vender, comprar. É muita atividade para uma única pessoa”, pondera.

Aqui, três franqueadas, de redes diferentes, contam como foi deixar um emprego CLT para se tornarem empreendedoras. Acompanhe:

Carolina Amorim, franqueada da Dr. Shape em Indaiatuba (SP)  O sonho de trocar uma cidade grande pelo interior, mais tranquilo, sempre fez parte da vida de Carolina Amorim, de 46 anos, e de seu esposo, Carlos Alberto dos Santos, de 59. Mas, a vida profissional os manteve na capital paulista até 2019. “Nossa história de empreendedorismo aconteceu assim: eu sou formada em Administração de Empresas e, em 2013, perdi meu emprego CLT. Abri, então, uma franquia de cafeteria, que o Carlos me ajudava a tocar – já que ele tinha um emprego. Em 2015, foi a vez de ele se ver desempregado e decidir entrar de cabeça no empreendedorismo, mas estávamos cansados do ramo de Alimentação e procuramos outra opção, ainda em franchising”, relembra.

Eles conheceram a Dr. Shape e, por acreditarem no potencial do ramo de suplementos alimentares e artigos esportivos, abriram uma loja na capital paulista, em 2017. “Pilotamos a loja por dois anos, mas aquela vontade de morar no interior falava mais alto. Então, escolhemos Indaiatuba, repassamos a loja de São Paulo e abrimos uma lá”, conta a franqueada.

O que Carolina não sabia é que a adaptação à nova cidade não seria fácil. “É impressionante como, mesmo numa cidade grande, existe uma desconfiança do varejista que não é da cidade. Passamos por um período difícil, primeiro porque a loja foi inaugurada no começo da pandemia, depois porque o público não nos aceitou, imediatamente, preferindo comprar com a concorrência, mesmo que oferecêssemos muito mais benefícios”.

A estratégia de Carolina, então, foi a de investir em atendimento super personalizado. “Eu e o Carlos não temos funcionários. Então, somos nós que atendemos os clientes, seja de forma presencial ou virtual. E nos esforçamos para suprir todas as necessidades deles. Estudamos muito sobre suplementação, participamos ativamente dos treinamentos oferecidos pela franqueadora, deixamos o cliente bem à vontade e percebemos que, com essas atitudes, até aquela pessoa que chega um pouco acanhada, logo se sente acolhida. E esse relacionamento também acontece por Whatsapp, porque os clientes têm um canal aberto de comunicação para entrarem em contato a qualquer momento”, afirma. A estratégia deu certo e, atualmente, a loja é uma das que possui maior destaque em toda a rede.

Marília Luiza Amadeu Nogueira Ignez, franqueada IP School em Mogi das Cruzes (SP) – Marília Ignez tem apenas 31 anos, mas bastante experiência profissional para apresentar. Ainda adolescente, ao cursar técnico em Administração de Empresas, conseguiu um estágio em uma pequena fábrica. A partir dali, não parou mais de trabalhar. Em 2013, ela se formou no ensino superior, também em Administração, e esteve em empregos em grandes empresas e multinacionais.

Sempre atuando no setor financeiro, ela chegou a estruturar toda a administração de um restaurante. Mas, a partir daí, começou a mudar os ramos da carreira. Trabalhou por um período em um escritório de advocacia e também em um supermercado. Ela entrou para a área das vendas quando foi contratada por uma distribuidora de cosméticos. “Chegou um momento em que eu decidi que não queria mais trabalhar para os outros. Como estava atuando com a venda de maquiagens, fui me aprimorando e fiz cursos. Comecei a trabalhar fazendo maquiagens e estava dando certo, tinha mês que eu ficava todos os finais de semana com a agenda lotada”, relembra.

Mas, veio a pandemia e as clientes de maquiagem sumiram. Além disso, Marília desenvolveu um cisto no punho, doença ocupacional causada justamente pelos movimentos repetitivos da profissão de maquiadora. Novamente, Marília se viu desejando mudar os rumos de sua vida profissional.

Foi nessa época que o amigo Bruno Braga a convidou para ser sua sócia numa franquia da IP School – Inglês Particular em Mogi das Cruzes (SP). Sem entender muito da área – mas, expert em atividades administrativas e gerenciais – , ela topou o desafio. “Eu e o Bruno nos entendemos muito bem. Então, ele está na escola mais nos dias de reunião e nós tomamos as decisões juntos”, diz ela.

O começo da atividade não foi fácil, porque era o começo da pandemia e 50% dos alunos cancelaram seus cursos – alguns por perderem seus empregos, outros por medo do futuro financeiro e, ainda, alguns por não aceitarem a migração das aulas presenciais para virtuais. “A IP School já atuava com aulas virtuais e isso fez com que perdêssemos ‘apenas’ 50% dos alunos. Se não tivéssemos implantado o ensino híbrido antes da pandemia, esse número seria assustadoramente maior”, diz ela.

Com muito trabalho junto a empresas e pessoas físicas, os sócios recuperaram alunos e conquistaram novas frentes. A unidade de Mogi foi a primeira franquia da IP School e é uma escola física. Hoje, os alunos escolhem entre aulas presenciais ou virtuais.

Karina Gonçalo Pereira, franqueada Le Briju de São Caetano (SP) – Após trabalhar por quase 11 anos como supervisora de SAC de uma grande editora de revistas, Karina foi desligada da empresa e, em agosto de 2020, planejou ficar por um tempo em casa. “Mas, eu sempre trabalhei e não estava mais aguentando ficar parada”, conta. Em meio à pandemia, começou a vender bijuterias pela internet. “Eu sempre gostei muito de bijuterias e estava querendo trabalhar em um negócio próprio. Conheci a Le Briju nessa época e ela atendeu tudo o que eu buscava, trazendo a confiança para investir, porque desde a nossa primeira conversa eu fui muito bem orientada e, depois, recebi treinamentos e isso me deixou muito empolgada”, comenta a franqueada.

A unidade de São Caetano é a primeira franqueada da Le Briju e foi inaugurada em dezembro. A loja vai muito bem e supera as expectativas de faturamento. “Não tem como dizer que não dá um frio na barriga ao entrar um novo ramo, trabalhar como algo totalmente diferente para mim, que é o público presencial. Mas, todo esse suporte que a Le Briju me dá desde o início é o que me faz acreditar e foi o que me fez querer fechar o negócio”, afirma.

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POR: REDAÇÃO GENE PME

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